As investigações de Diana levam-nos à parte mais rica da cidade, uma zona composta por jardins magníficos e exuberantes e por luxuosas vivendas e villas. De acordo com as informações da feiticeira a casa que procuramos fica mesmo em frente ao Jardim dos Descobrimentos, um parque muito belo repleto de flores e árvores exóticas erigido em homenagem às descobertas de Aquileia e Éwon.
- Então é aqui que se esconde o nosso homem mistério? - pergunta Lara admirando o desenho e a arquitectura da villa.
- Sim. - responde Diana. - Mas como já vos disse não creio que este homem seja um feiticeiro, não senti magia na sua aura.
- Tens a certeza? Olha que a magia que matou o homem que recebeu o pacote parecia ser muito poderosa. - digo desconfiado.
- E era, mas de uma coisa tenho a certeza, não foi este homem que a criou.
- Então existe alguém por detrás de tudo isto? Alguém a quem este homem muito certamente serve? - pergunta Lara fitando a feiticeira.
- Sem dúvida.
A porta abre-se e um criado muito velho e curvado aparece no interior.
- O que desejam? - pergunta ele numa voz estranhamente forte.
- Falar com o teu senhor. - responde Lara altivamente entrando sem cerimónia.
- O que está a fazer? Retire-se imediatamente, não recebeu nenhuma autorização para entrar!
- Eu tenho assuntos sérios para tratar com o teu senhor, velho, por isso faz-te útil e vai chamá-lo, ok? - diz a demónio num tom que não tolera contestação.
- Como se atreve! - o velho servo agarra a demónio pelo manto e puxa-o com uma força surpreendente revelando o seu rosto. - Um demónio! - exclama ele assustado.
- Faz o que te mando! - remata Lara aproveitando a sua reacção. O servo afasta-se rapidamente indo cumprir as ordens desta visita inesperada. - Aqui está uma criatura inferior que conhece o seu lugar, se ao menos todos fossem assim...
- Ainda bem que não somos. - digo sorrindo.
A feiticeira aproxima-se de mim e sem que a demónio note sussurra-me ao ouvido.
- Ela é sempre assim?
- Nem por isso, ela hoje até está bem disposta.
Momentos depois surge o nosso homem mistério acompanhado pelo seu fiel servo, ao ver-nos fica ligeiramente nervoso.
- O que desejam? - pergunta ele numa voz bem mais frágil do que a do seu velho servo.
A demónio sem pensar duas vezes lança-se a ele agarrando-o pelo pescoço e encosta-o à parede.
- Sabes bem o que é que nós desejamos. - diz ela com uma voz autoritária.
- Bem disposta? - pergunta-me a feiticeira.
- Sim...
- Hm, imagino então como será ela maldisposta.
- E-eu, e-eu não tive a culpa, foram as ordens que recebi, por favor tentem entender, eu até vos paguei muito bem.
- Tu pagaste para entregar um pacote, não para matar um tipo. Diz-nos para quem trabalhas!
- E-eu n-não posso, se o fizer sou um homem morto. - o homem começa a suar em bica e a tremer desenfreadamente.
- Se não o fizeres também és um homem morto. - diz Lara sacando um punhal e apontando-o à barriga dele. - Sabias que sou uma assassina? Conheço muito bem a anatomia de todas as raças de Gaia, por exemplo, se te cravar o punhal aqui morres em questões de segundos, mas se por acaso to cravar aqui morres bem lentamente e com muitas dores. Por isso meu caro, é bom que cuspas o que sabes.
- V-vocês vão deixar que ela me mate? N-não têm piedade? - grita o homem para mim e para a Diana quase a perder os sentidos.
- Cav, tens a certeza que não é melhor intervires? - pergunta a feiticeira preocupada.
- Tenho, é tudo bluff, acredita.
- Cospe o que sabes. - rosna Lara pressionando o pescoço do homem já exasperada.
- Está bem, eu conto.
Lara sorri triunfantemente e liberta-o afastando-se uns passos. O homem massaja o seu pescoço dorido e olha para nós com um misto de raiva e de medo.
- Eu não tenho escolha, pois não? Pois bem, não fui eu o causador da morte daquele homem, eu fui apenas um intermediário.
- Quem era ele? - pergunto.
- Eu não sei bem, sei apenas que andou a meter o nariz onde não era chamado, a fazer muitas perguntas e a criar instabilidade na cidade.
- Quem o matou? - pergunta Lara impaciente.
O homem abre a boca para responder mas nenhum som se escapa da sua boca, ao principio parece que se sente com falta de ar, mas pouco depois a sua cara começa a ficar muito vermelha e o homem cai de joelhos no chão agarrando-se ao pescoço e tentando a todo o custo respirar.
- Magia! - grita Lara.
- E poderosa! - diz Diana.
Assim que tentamos fazer algo para o ajudar um som distinto de um pescoço a quebrar-se propaga-se pelo o ar e o homem cai no chão morto fitando o vazio.
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3 comentários:
Nada mal.
Uma fugidinha inevitavel...para matar as saudades. Como sempre espero por mais... bja meus
Obrigado Klatuu
Quem agradece sou eu, Dreams, pelas tuas visitas e por saber que gostas destas minhas histórias, principalmente da Lara. :)
Felizmente n foi preciso, tou enferrujado mas ainda deu para perceber, agora n te ponhas a escrever noutra língua, como alemão, por ex, pq assim é fico mm sem perceber nada. :P
Q saudades minha Diva, como foi essa semana de infindável luxúria e amor?
Bjs e abraços ternos para vocês :)
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