quarta-feira, agosto 23, 2006

Recompensa

Satine deixa-se ficar nas sombras mordiscando o lábio inferior enquanto assiste à fusão entre o seu amante e a armadura. Seus olhos vivos observam atentamente aquela mancha negra que percorre o braço dele e se aloja no peito formando uma tatuagem invulgar. Seu coração palpita ao vê-lo cambalear, ao ouvi-lo soltar um gemido fraco e senti-lo quase a perder os sentidos. Num acto inconsciente ela salta das trevas e abraça-o sentindo o calor do seu peito e o doce perfume da sua pele. Como uma mãe que protege a sua cria e como uma amante que anseia pelo seu amor, ela deixa-se cair para trás, suavemente, sentando-se num tapete fofo e agradável, levando-o consigo e colocando a sua cabeça sobre o seu ventre quente e acolhedor. Seus dedos brincam com os cabelos do seu amado, entrelaçando-se neles e acariciando-os gentil e ternamente dando-lhe uma sensação de segurança. Por longos minutos deixa-se ficar assim, em silêncio, trocando com ele sorrisos e olhares sedutores e pequenas carícias no rosto e no pescoço.
- Como te sentes? - Pergunta ela com uma voz doce e suave como o mel.
Ele sorri e fecha os olhos, apreciando as carícias da sua amante.
- Parece que morri e fui para o Hades.
- Folgo em ouvir isso, meu guerreiro - diz ela beijando os seus lábios -, mas diz-me, o que achas do meu presente?
Ele abre os olhos e fita intensamente os dela.
- Adorei-o! Sinto uma força, uma energia dentro de mim, que não consigo explicar, é simplesmente maravilhoso.
Ela sorri e passa os seus dedos sobre a nova tatuagem do seu amante.
- Eu sabia que irias conseguir, eu sabia...
- Obrigado, Satine, obrigado por ficares do meu lado e me ajudares. - Diz ele segurando a mão dela e levando-a aos seus lábios beijando-a.
- Não precisas de agradecer, apenas fiz o que o meu coração me disse para fazer. Eu... eu amo-te, Cav, amo-te desde o momento em que te vi, desde o momento em que me escolheste, de entre todas as outras prostitutas, para ser tua.
Ela beija-o intensamente, despejando tudo o que sente naquele toque, naquela dança ardente de duas línguas.
- Mas eu não te amo, Satine, nunca te amei. Adoro-te, és uma mulher extraordinária, uma louca na cama, mas nunca senti algo mais por ti do que desejo carnal.
- Eu sei... Eu faria qualquer coisa por ti, Cav, daria a minha vida se fosse preciso, só para ter um sorriso ou um beijo teu. É engraçado, só nos apaixonamos por pessoas que não nos querem...
Ele levanta-se levando-a consigo e abraça-a sentidamente, beijando em seguida os seus lábios e afagando o seu cabelo.
- Eu nunca te disse que não te queria, Sat, apenas te disse que não te amo. Tu és das poucas fêmeas que me deixam louco. - Diz ele beijando e mordiscando o seu pescoço e desapertando o fino robe de seda transparente. - E eu quero-te, quero-te muito.
Ele volta a beijá-la, desta vez com uma intensidade e desejo crescentes, suas mãos percorrem o corpo da vampira com uma volúpia e luxúria indescritíveis ansiando ardentemente o toque suave da sua pele na dele. O robe cai no chão sem barulho e ambos soltam um gemido de vitória sem no entanto descolarem a boca uma da outra. As suas mãos voltam a percorrer o corpo de Satine como se tivessem vida própria, detendo-se nos seus seios e no seu sexo já húmido e preparado para o receber. Ela sorri ao sentir os dedos dele brincando com o seu clitóris e forçando a entrada e geme ao sentir o seu falo duro roçando em sua pele ansioso por a penetrar. Sem controlar o desejo ele leva-a para uma zona da sala onde várias peles de urso estão dispostas e, sem o mínimo de cerimónia, atira-a para o chão com violência. Ela deixa-se cair sem resistência, esboçando um sorriso sedutor na sua direcção e fitando com prazer aquele falo erecto que avança sobre ela. Ele ajoelha-se diante dela retribuindo o sorriso e beija e lambe o seu sexo provocando em Satine gemidos incontroláveis de pura luxúria. Vendo que está preparada para o receber ele abandona o seu sexo e percorre com a língua um tortuoso caminho até aos seios e por fim ao até aos lábios sensuais da vampira, deixando para trás um rasto quente de saliva. Beijando os seus lábios, ele penetra-a forçando-a a soltar um gemido de puro deleite, um gemido que ecoa por entre os corredores das sombrias catacumbas e que até ao raiar do Sol na superfície seria apenas o primeiros de muitos outros...

4 comentários:

Joker disse...

Hummmm!!!!!
Intenso!!!!!

Beijo e até ao proximo encantamento...

Cavaleiro disse...

Obrigado pela visita :)

Bj terno

Anónimo disse...

ja sentia saudades de aqui estar...Bjs doces. Tuchamz

Cavaleiro disse...

Tb já sentia saudades de te ver por aqui ;)

Bj terno