11 de Vénus de 2006DR - O Feitiço

A estátua da Deusa fechara os seus olhos mas o sangue que dela brotava continua a jorrar.
- E agora? - Pergunta Lilian impaciente. - Como vamos encontrar a saída desta sala infernal?
- Não sei, mas havemos de encontrar uma forma. - Seguro suas mãos tentando confortá-la.
- Sim eu sei, meu querido.
- Lamento interromper a vossa história de amor mas parece que encontrei algo. - Diz Lara apontando para uma inscrição numa das estátuas.
Aproximamo-nos curiosos.
- Hm, Para a saída encontrar, a Morte terão que derrubar. - Lê Lilian.
- Afinal Harth sempre tinha razão, a resposta está na fonte, infelizmente a solução n era beber dela mas sim derrubá-la. - Digo sorrindo.
- Pois então do que estamos à espera, vamos dar cabo dessa estátua, vamos destruir a Morte! - Diz Lara, um sorriso malicioso perpassou seus lábios.
Lilian pede que nos afastemos, com um sorriso explica que vai lançar um feitiço muito poderoso que reduzirá a escombros aquela fonte. Aquiescemos ao seu pedido e colocamo-nos a um canto preparados para assistir. Uma ligeira brisa percorre a sala enquanto Lilian se concentra, o ar fica cheio de electricidade estáctica e a sua pele começa lentamente a ganhar um brilho fantasmagórico. Seus cabelos esvoaçam enquanto a brisa se torna mais forte e envolve todo o seu corpo, o brilho em sua pele torna-se mais intenso e pequenos clarões estalam em seu redor. Seus lábios começam a mexer-se murmurando qualquer coisa, mas a sua voz está muito baixa para poder perceber o que diz, suas mãos crispadas seguram firmemente o seu novo bastão. Uma vez mais um clarão se liberta do seu corpo, é incrivel como uma rapariga tão inexperiente é possuidora de um feitiço tão poderoso. Sua voz torna-se mais forte ecoando por toda a sala, raios e clarões são libertados do seu corpo com uma intensidade surpreendente e a sua pele brilha de tal forma que mal posso olhar. O feitiço está prestes a atingir o seu climax, Lilian abre os olhos e deles raios e relâmpagos se libertam com uma tal fúria e poder que me deixam completamente surpreendido. O que aconteceu aos seus olhos doces e expressivos? Quem é esta mulher que se encontra agora diante de mim? Lilian não é concerteza pois a maneira como controla as forças arcanas é próprio de uma entidade experiente.

O feitiço é finalmente lançado e um raio de luz verde bate com violência na estátua, pequenas fissuras começam a abrir-se, mas depois o inesperado acontece. A estátua ganha um brilho avermelhado e seus olhos voltam a abrir-se. Incrivel, ela está a proteger-se. O poder da Deusa luta desesperadamente com o poder de Lilian, ambas aparentam estar em pé de igualdade. Lilian concentra-se uma vez mais e um clarão branco enche toda a sala deixando-nos temporariamente cegos. Não sei o que aconteceu durante esses momentos mas o som de uma mulher a gritar seguido de algo a quebrar-se emanou por toda a câmara. No final, Lilian jazia no chão, suada e ofegante e a estátua havia desaparecido.