Fui uma vez mais levado pelo Olho para outro local, um local que me marcou bastante e mudou a minha vida. Aterro suavemente nas folhas secas, encontro-me numa pequena clareira em frente a uma enorme gruta. Três anos passaram desde aquele baile, o nosso grupo ficara famoso em toda a Gaia, os 7 magníficos como alguns nos chamaram, entendiamo-nos tão bem que apenas com um simples gesto sabiamos o que tinhamos que fazer. As discussões entre a Eleanora e eu tornaram-se cada vez mais intensas, discutiamos por tudo e por nada, os nossos companheiros já nem nos podiam ver à frente, mas tudo isso mudaria hoje, neste dia de 27 de Proserpina de 1999DR
Um estrondo enorme faz-se ouvir dentro da enorme gruta e 6 pessoas aparecem correndo vindo de dentro das suas entranhas.
- Bolas, aquilo foi por um triz. - Disse Teresa estafada e vermelha de tanto correr.
- Sim, mas felizmente estamos todos bem. - Entoou Harth na sua voz poderosa.
- Não, não estamos, onde está a Ela? - Pergunta o rapaz olhando à sua volta.
- Não sei, mas ela vinha atrás de mim. - Respondeu Meg olhando também com preocupação.
Embora estafados todos começam a chamar pela elfo mas sem resposta alguma.
- Ai, não me digam que ela ficou lá dentro com aquele dragão. - A voz do jovem torna-se impaciente. - Eu vou voltar lá e procurar por ela.
- Se fores vamos contigo. - Respondeu Pelino. - Não iremos deixar que arrisques a vida sozinho.
- Agradeço. - Diz ele sorrindo. - Mas vocês ficam aqui, muito certamente só me iriam atrapalhar e prefiro que fiquem onde estão, se precisar de ajuda não hesitarei em chamar-vos. - E antes de obter alguma resposta volta a entrar dentro da gruta.
Percorrendo uma vez mais aqueles túneis labirínticos ele regressa com rapidez à enorme caverna onde defrontaram o poderoso dragão. Eleanora jazia no chão inconsciente a poucos metros da saída, um fino fio de sangue escorria pela sua testa. O dragão encontrava-se também inconsciente a apenas escassos metros.
- Ela acorda. - O jovem cavaleiro sacode a elfo tentando em vão despertá-la. - Vamos rapariga casmurra, esta não é a hora para ficares aqui a dormir.
Sem o saber os seus movimentos despertam o dragão que se levanta soltando um enorme rugido.
- Então pequenote, decidiste voltar para acabar comigo? Eu vou mostrar-te o que faço a reles humanos como tu. - Uma enorme bola de fogo é libertada da sua boca falhando o seu alvo por apenas escassos centimetros.
O cavaleiro aproveita esta falha e carrega a sua companheira para a protecção de uma rocha.
- Isto era só o que me faltava. - Murmura. Deixando-a protegida ele salta cá para fora e enfrenta o dragão munido da sua fiel gladius. - Queres comer-me, ó bafo de onça, pois então anda, estou à tua espera.
O dragão ri ante este desafio ridículo e com um simples bafo atira-o de encontro a uma parede. O nosso herói levanta-se e com determinação investe com toda a força contra aquela besta gigantesca, sua espada curta bate certeira nas escamas do monstro mas para grande admiração sua lâmina parte-se.
- Oh, que peninha, a espadinha do bravo cavaleiro não aguenta a minha pele. - Aproveitando a perplexidade do rapaz o dragão pega nele e aproxima-o da boca. - Agora meu caro, vou comer-te como te disse ainda há pouco e depois vou regalar-me com a tua amiguinha.
O cavaleiro solta um grito de fúria ante aquelas palavras e numa tentativa desesperada crava o que resta da sua espada nas gengivas macias do monstro. Com um urro de dor este atira-o para longe, para o outro lado da caverna. Enquanto o dragão rosna de dor o jovem cavaleiro tenta levantar-se rapidamente e encontrar uma arma que possa usar, tudo parece perdido quando os olhos amarelos do dragão o encaram de novo e se dirige a ele a tuda a velocidade. De repente uma voz melodiosa flui por debaixo de si.
- Guerreiro, sinto o teu medo e o teu nervosismo, deixa-me ajudar-te, deixa-me vingar o meu antigo amo e ajudar-te a matar este monstro pérfido. Sinto que a tua alma é pura e se porventura o derrotares terei o maior prazer em continuar a teu lado e auxiliar-te sempre que precisares, se não o quiseres então enterra-me numa pedra para que um homem merecedor me use.
- Ajuda-me, ajuda-me. - Grita o cavaleiro desesperado.
Um brilho dourado iluminou a caverna e do chão ergue-se uma bela espada.
- Usa-me com sabedoria e sairás vencedor.
O dragão continuava a avançar para o seu inimigo cheio de ódio, o seu desejo era matar o reles humano lentamente, fazê-lo sofrer e obrigá-lo a gritar por piedade, mas acima de tudo esperava saborear o seu medo, infelizmente o que encontrou deixou-o perplexo, os olhos do jovem cavaleiro explodiam de confiança. Aproveitando estes momentos de confusão por parte do monstro lançou-se na sua direcção brandindo a sua nova lâmina. Esta cortou o ar dirigindo-se ao pescoço da besta, que nem se desviou esperando pelo mesmo resultado do ataque anterior, mas, para seu horror comprovou que cometara um erro fatal, a lâmina penetrou as suas escamas e cortou a sua carne como se fosse manteiga, seu pescoço foi decepado de uma forma tão rápida e brusca que os seus olhos ainda encaravam com vida o cavaleiro segundos depois da cabeça se ter separado do tronco. Sem ligar muito ao destino da infeliz criatura o guerreiro correu na direcção da elfo que principiava a despertar, apertando na cinta a sua nova espada. Carregou-a de volta para fora daquela horrível gruta onde ambos foram assistidos pela sacertotisa.
A Lua brilhava no céu com todo o seu esplendor banhando 7 figuras em volta de uma bela fogueira. Embora estivessem todos contentes uma discussão principiava a formar-se.
- Ainda só não percebi porque é que foste tu a voltar lá dentro para me ir buscar. - Perguntava Eleanora fitando o cavaleiro.
- Porque todos os outros estavam exaustos e eu era o único com fôlego suficiente para te ir buscar. - Respondeu ele.
- Sim, oh sim, deves pensar que sou parva, querias era ter o prazer de me salvar para depois me atirares à cara o quão frágil sou. - Diz ela levantando-se e afastando-se para as árvores.
- Eu não preciso de te salvar para te mostrar o quão frágil e parva és, já fazes isso muito bem sozinha. - Respondeu ele irritado.
- Ai, tu irritas-me tanto. Admite ao menos a verdadeira razão, quiseste mostrar que eras melhor que eu. - Ela olha para ele estudando-o, esperando por uma resposta que a fosse magoar.
- Muito bem, queres saber a razão? Eu digo-te a razão, quando eu não te vi cá fora senti um vazio no peito, senti como se algo precioso me tivesse sido arrancado e tive um medo enorme de te perder, foi por isso que voltei à tua procura. - Diz ele levantando-se.
- Eu... não... tu não podes estar a falar a sério. - Ela fita-o completamente desarmada, esperava tudo menos isto.
- Estou sim. - Ele aproxima-se dela e segura as suas mãos. - Desde o momento em que te vi no mercado de Ritendel que soube que tu eras o meu destino, desde essa altura que o meu amor por ti tem vindo a crescer. Eu amo-te Ela, desde o primeiro momento. - Seus lábios aproximam-se dos dela.
- Eu... - Sua face ruboriza-se. - Eu também. - Seus lábios tocam-se e o que começa por ser um beijo timido torna-se rapidamente num beijo tórrido cheio de sentimento, sentimentos que demoraram três longos anos para serem soltos.
Por entre beijos e sorrisos ela leva-o para a floresta, chegados por fim a uma pequena clareira ela separa-se dele e começa lentamente a despir-se. Suas formas são finalmente reveladas e ela diverte-se com a expressão dele, a luz do luar dá à sua pele branca um tom prateado transformando-a numa criatura mágica de rara beleza. Ele segue o seu exemplo e atira as suas roupas para a erva ficando igualmente nu diante dela. Seus lábios voltam a tocar-se uma vez mais e deixam-se cair por entre risos sobre a erva fofa, seus corpos nus roçam um no outro permitindo que o calor de ambos se funda num só.
- Eu tenho uma coisa para te dizer. - Diz ela nervosa e corando um pouco. - É a minha primeira vez.
- Também é a minha, meu amor. - Diz ele sorrindo.
Como se um peso fosse libertado ambos sorriem, ela beija sua boca e seu pescoço e acaricia seu falo duro, ele afaga o seu cabelo indomável e beija com ternura seus seios.
- Quero-te, quero-te agora. - Diz ela devorando a sua boca.
E assim, banhados pela luz do luar fazem amor...
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