terça-feira, julho 25, 2006

O Regresso

Começo lentamente a despertar do transe hipnótico em que o Olho me colocara, meu cérebro demora um pouco a familiarizar-se com o local onde me encontro. Lilian, vendo que principio a despertar, corre imediatamente na minha direcção.
- Finalmente acordaste, meu amor. - Diz ela sorrindo para mim.
- Ela? - Demoro um pouco a distinguir onde me encontro, as memórias da minha amada ainda assolam a minha mente. - Ah, és tu Lilian...
O seu sorriso deseparece e ela lança-me um olhar de censura.
- Desculpa, mas por um momento parecias mesmo a Eleanora. - Estendo a mão para lhe fazer uma carícia mas ela afasta-se.
- Já temos o q queriamos, vamos embora.

Seguimos por um corredor que se achava escondido atrás da cabeça do dragão, trata-se de uma passagem íngreme e apertada mas leva-nos para fora deste local maldito. A Lua brilhava no céu, sua luz recebe-nos como se nos quisesse premiar pelo nosso feito, o céu limpo revelava as estrelas e as suas constelações; uma estrela cadente percorre o firmamento no preciso momento em que nos deixamos cair na erva fresca.
- Pede um desejo. - Gracejo eu para Lilian.
- Um desejo? Tenho tantos. - Diz ela rindo. - Mas vou pedir um e vamos ver se se concretiza. - E fechando os olhos murmura um desejo.
- Eu já te disse que ficas muito bonita banhada pela luz da Lua? - Aproximo-me dela e passo minha mão pelos seus cabelos.
- N-não. - Diz ela corando.
- Ficas muito bonita à luz da Lua. - Aproximo meus lábios dos dela e sem hesitar beijo-a. Deixamo-nos cair sobre a erva trocando beijos apaixonados.
- Ora, ora, parece que a virgenzinha se soltou de vez. - Diz uma voz feminina vinda da passagem. - Oh, por favor, continuem, finjam que nem aqui estou.
- Lara!! - Exclamo surpreso.
A luz da Lua banha a pele pálida da demónio dando-lhe um tom prateado e revelando vários cortes e escoriações.
- Não olhes para mim dessa maneira, já me conheces, não me deixo abater tão facilmente. - Diz ela sorrindo. - Mas tu és um safadinho, viro as costas e tu tentas logo saltar para cima da virgenzinha.
Lilian lança-lhe um olhar de fúria.
- Eu mostro-te quem é a virgenzinha, ó cornuda.
- Meninas, meninas, discutir não nos vai levar a lado nenhum. - Tento colocar água na fervura mas é tarde demais, as duas atiram-se uma à outra começando a lutar entre si.

2 comentários:

Anónimo disse...

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