terça-feira, julho 25, 2006

2 de Vénus de 2006DR

Desperto. Um cheiro a sangue paira no ar provocando-me agonias e obrigando-me a regurgitar. Abro os olhos e tento ver onde estou mas a minha cabeça parece q vai explodir e o meu estado de fraqueza força-me a perder de novo os sentidos. Não dou pelo tempo passar mas imagens confusas percorrem a minha mente, sinto-me a ser transportado para outro local, grunhidos ecoam pela minha cabeça e o cheiro desagradável a corpos mal lavados voltam a provocar-me agonias. Desperto uma vez mais, sinto-me melhor e a dor de cabeça assim como a má disposição parecem ter passado finalmente. A meu lado um jarro com água e um prato com pão e queijo despertam a minha atenção, bebo sofregamente o liquido do jarro e devoro as côdeas de pão duro e o queijo com voracidade. A minha mente está mais clara, encontro-me numa tenda de pele de porco e o som dos grilos lá fora indicam-me q é de noite. "Quanto tempo estive eu desmaiado?" pergunto a mim mesmo. A minha espada e armadura desapareceram e o elo com o Relâmpago foi aparentemente quebrado, espero q ele esteja bem... Decido aventurar-me para fora da tenda mas uma das criaturas q se encontra como sentinela à porta da mesma barra o meu caminho. Acabei de me recuperar e prefiro n arriscar um combate com ela por isso silenciosamente regresso ao meu leito e adormeço, aguardando pela manhã.

Duas criaturas interrompem o meu sono e arrastam-me para fora da tenda, sendo mais fortes q eu n ofereço resistência e deixo q me levem ao seu destino. Ao q parece encontro-me num acampamento militar situado no centro da floresta, uma imponente tenda vermelha maravilhosamente guarnecida encontra-se no meio do acampamento, parece ser este o sitio para onde me levam. Sem hesitações atiram-me lá para dentro sem se preocuparem minimamente com a minha queda. Levanto-me e limpo o pó das minhas roupas, uma fina colecção de armas e armaduras de criação élfica encontram-se num expositor, rolos e rolos de pergaminhos amontoados num banco parecem conter feitiços e magias, ou muito me engano ou me encontro numa tenda de uma classe mt rara, um feiticeiro guerreiro. O som de água desvia a minha atenção do recheio da tenda e por detrás de um biombo a silhueta de uma mulher nua aparece, pelos vistos esta deve ser a moradora deste local. Finalmente a mulher sai detrás do biombo coberta com uma toalha deixando seus longos dourados cabelos molhados livres, cobrindo os seus ombros nus.
- Meg!! - Exclamo com surpresa - Parece q fomos capturados e q nos trouxeram para aqui para nos encontrarmos com o líder destas criaturas!

A bela elfo fita-me com o seu olhar e solta uma gargalhada deixando-me confuso.
- Meu pobre cavaleiro, tu ainda n percebeste pois n? - O seu discurso é frio como gelo e sinto um arrepio percorrer minha espinha.
- Perceber o quê? - Tento desesperadamente manter o sangue frio.
- Meu querido. - Sua voz continua gelada, calculista. Avança na minha direcção afagando meu rosto e beijando minha face. - Meu adorado cavaleiro, meu patético cavaleiro, n resistes a um pedido de ajuda pois n? E agora aqui estás como uma mosca preso na minha teia. - Diz-me ela esboçando um sinistro sorriso.

Fico branco, percebo q foi ela quem me atacou por trás, mas observo-a sem perceber o pq.
- Oh, tadinho, n percebes nada pois n? - O seu tom jocoso deixa-me irritado. - Por acaso n te lembras da nossa última aventura? - Seus olhos chispam de loucura e delirio. - Não te lembras, como tu, bravo e destemido cavaleiro salvaste o meu pai daquele misterioso feiticeiro? - Ela coloca-se atrás de mim e suas mãos q nem garras agarram meu cabelo e puxando-o com força de forma a q meus ouvidos cheguem perto de seus lábios. - Lembras-te disso, verme? Lembras-te? O feiticeiro era EU!!! O meu pai devia ter morrido e eu deveria ter herdado o seu lugar à frente da cidade!! Anos de trabalho destruídos por tua CULPA!!! - Seu rosto visivelmente transformado parece soltar faíscas, seus olhos azuis outrora intensos, estão agora possessos pelo delírio. Ela continua o seu discurso como seu eu n existisse. - Fui obrigada a exilar-me, obrigada a fugir, tudo por TUA culpa!!! Estes servos são fruto da minha magia, hahaha, oh, se são, semi homens semi javalis, eles são o q resta dos habitantes raptados q deverias salvar!!!! E tu, meu querido, meu adorado. - Ela ajoelha-se à minha frente e beija minha boca, um beijo louco e delirante. - TU, irás ser o seu comandante, tu, terás o mesmo destino. GUARDAS!!!
Rapidamente dois homens javali aparecem na tenda.
- Levem-no... - E com um sorriso demente vira-me as costas...

2 comentários:

Anónimo disse...

Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
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Denise Dória disse...

A Meg????? Putz...isso realmente me surpreendeu!!! Ela sabia que seria salva pelo poder do Unicórnio... por isso que se manteve a fazer papel de vítima!!! Oh, danada!!! Pobre Cavaleiro... =\