terça-feira, julho 25, 2006

Viagem ao Passado (4ª Parte)

Ainda com aquela imagem na minha mente volto a ser transportado uma vez mais para uma nova localização. O cenário muda e encontro-me em Nova Roma perto de um enorme templo dedicado à rainha dos Deuses, Juno. Como me poderia alguma vez esquecer deste dia, tudo parecia perfeito, um arco-íris efeitava o céu e abençoava os noivos que acabavam de sair daquele local de culto. Eleanora vestia um belo vestido de seda branca, seu cabelo de fogo estava preso em forma de trança e enfeitado com uma grinalda de flores, a seu lado de braço dado estava eu, tão delirante e louco de felicidade, não só por a nossa união ter sido abençoada pelos deuses mas também por ter sido aceite no Senado, usava uma túnica com o latus clavus, ou seja, largas faixas de cor púrpura que caíam do ombro direito indicando o meu novo estatuto, e por cima uma bela toga de pura lã branca.

A festa continuou na nova villa do casal, recentemente comprada pelo pai da noiva e situada num dos melhores bairros da cidade.
- Aos noivos! - Propôs Titus Levónios, um dos senadores.
Todos se levantaram e aplaudiram aqueles votos entre muitas gargalhadas e sorrisos. As mesas estavam divinamente recheadas com todo o tipo de iguarias. Enormes pratos com leitões inteiros pincelados com um molho delicioso e próprio da região, fatias de carne assada embebidas em molho de cenoura, pescadas brilhantemente regadas com azeite e vinagre, várias saladas frescas acompanhadas por atum e ovos, entre outros pratos tão bem criados que deixavam até aqueles que não são considerados bons garfos de água na boca.
As histórias e a boa disposição fluiam pela sala inebriando até os mais depressivos.
- Meu cavaleiro adorado. - Diz Eleanora virando-se para o seu amor. - Ficas tão sensual com esse latus clavus ao ombro, só me apetece levar-te para a outra sala e devorar-te. - O brilho de desejo no seu olhar coincidia com as suas palavras.
- Ai sim? E os nossos convidados? Vão certamente dar pela nossa falta. - Diz ele sorrindo para ela.
- Muito certamente, mas este é o nosso dia, irão compreender. - Seus dedos brincavam com o cabelo do cavaleiro. - E depois, ainda não me esqueci das sensações maravilhosas que me deste quando escapulimos no meio da feita do Rei Kinder, lembras-te? - Um sorriso safado desenha-se em seus lábios.
- Como me poderia esquecer. - Diz ele sorrindo. - Mas desta vez controla-te.
- Não sou sempre uma menina bem comportada e controlada? - Diz sorrindo e lançando-lhe um olhar angelical enquanto se levanta da mesa inventando umas desculpas.
Ele levanta-se minutos depois inventando um pretexto e segue no seu encalço. Ao atravessar o peristilo uma mão agarra a sua toga e puxa-o.
- Onde pensas tu que vais? - Diz ela sorrindo.
- À tua procura sua doida. - Diz ele beijando-a com paixão.
- Desde que te vi no templo assim tão bem vestido que só penso nisto. - Suas mãos despem-no como se estivessem possessas por uma vontade superior.
- Também eu, estás tão bela e com um ar tão angelical. - Diz ele sorrindo enquanto lhe sobe o vestido. - Amo-te e desejo que fiquemos assim para sempre.
- Para sempre? E será que aguentas ficar neste estado eternamente? - Ela sorri brincando com ele enquanto desce e abocanha com desejo o seu falo deixando-o duro e encharcado com a sua saliva. - Também te amo muito, meu cavaleiro parvalhão.
Ele puxa-a para cima e beija seus lábios doido de desejo, suas mãos acariciam os seus seios desnudados enquanto a penetra com paixão. Ela solta uns gemidos e abraça-o beijando-o, o seu corpo acompanha os movimentos dele. A sensação de perigo intensifica o prazer, só de pensar que alguém pode aparecer a qualquer momento e apanhá-los a fazerem amor contra aquela coluna deixa-os num estado de loucura tal que é impossivel de descrever. Tendo os deuses como cúmplices ambos se vêm entre gemidos e gritos de prazer.
- És doida. - Diz ele sorrindo.
- Somos os dois, meu amado. - Diz ela beijando-o.

Regressam juntos para o salão, todos compreendem pelo seu aspecto e pelo rubor nas suas faces o que estiveram a fazer, mas ninguém se atreve a dizer algo. A festa continua pela noite dentro até que chega um mensageiro.
- Lamento interromper a vossa festa, excelências, mas o Senado ordenou a todos os senadores que comparecessem imediatamente na Cúria para uma reunião urgente. - Relatou o mensageiro.
- E qual é o motivo de tanta pressa? - Perguntou Flavius Mascolus, um antigo Consul.
- Guerra, meu senhor. Acabámos de entrar em guerra.

3 comentários:

Anónimo disse...

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