terça-feira, julho 25, 2006

Gorath

A coluna de areia torna-se maior à medida que se aproxima de nós e pouco a pouco começamos a discernir os causadores daquela pequena "tempestade". O som dos cascos e o relinchar das montadas demoníacas ecoam pelo ar afugentando os animais que por ali se encontram. Ao todo parecem ser 30 demónios a cavalgarem na nossa direcção, pela sua atitude convencida não estão à espera de grande resistência, talvez a sua táctica seja passar simplesmente por cima de nós com as suas montadas.
- Melissa, lança um encantamento de barreira água à nossa volta num raio de 50 metros. - Digo rapidamente. - E fá-lo de forma a que eles não se apercebam.
A sacerdotisa olha para mim sem perceber o porquê do meu pedido mas ao ver a minha expressão obedece sem ripostar.
- Muito bem, desta forma ficamos em pé de igualdade visto que os Dzarth são vulneráveis à água. - Diz Lara sorrindo. - Estou mortinha para ver a reacção dos seus cavaleiros.
Os demónios instigavam as suas montadas a cavalgar cada vez mais rápido e como esperávamos três deles quebram a formação e lançam-se na nossa direcção brandindo as suas armas e soltando temíveis gritos de guerra. Confiantes de que seria um combate fácil e tentando ao máximo agradar o seu líder estas três criaturas caiem na nossa armadilha que nem patinhos, subitamente uma barreira de água ergue-se à sua frente atacando ferozmente os pobres demónios. Os seus gritos de guerra transformam-se em gritos de terror quando as suas montadas os atiram ao chão e rodopiam por cima deles espezinhando-os pondo um fim às sua vidas.
O bando que seguia logo atrás deles pára bruscamente sem saber o que fazer, por eles passam, cavalgando sem destino, as montadas sem dono, as suas expressões modificam-se, a confiança na vitória ficou abalada e a dúvida instala-se nas suas mentes.
- E vão três!!! - Grita Lara para os seus oponentes. - Qual de vós quer ser o próximo? - As gargalhadas da demónio propagam-se pelo ar.
- Eu!! - Uma voz sonora e cortante quebra as gargalhadas.
As fileiras dos demónios abrem-se e um cavaleiro coberto por uma armadura esverdeada e com o rosto protegido por um elmo completo igualmente esverdeado aproxima-se do local onde jazem os corpos dos cavaleiros vítimas das suas próprias montadas. Desmontando e agachando-se o desconhecido começa a apalpar o solo sentindo a força da barreira de água lutando contra ele.
- Mas que inteligentes que vocês foram. Parece que perdemos a vantagem da cavalaria, mas não importa, a força dos números continua a nosso favor. - Diz ele tirando o elmo, sorrindo e fitando-nos com o seu olhar amarelado.
- Gorath!! - Exclama Lara.
- Sim, minha escrava, e estou a ver que continuas ao lado desse humano desprezível, és uma vergonha para a tua raça. - O demónio cospe no chão demonstrando o seu nojo. - Os humanos só servem para saciar os nossos apetites sexuais e para obedecer às nossas ordens, estão abaixo de nós, mas vejo que isso te é indiferente. Não passas de uma rameira ordinária, muito certamente ainda te ajoelhas implorando que ele te toque.
Lara nada diz continuando a fitar o demónio.
- Mas não te preocupes, mesmo com esse gosto nojento tornar-te-ás minha uma vez mais e erradicarei da tua memória esse humano fraco. - Gorath levanta-se e olha-me de alto abaixo. - Desta vez, humano, o desfecho será diferente e asseguro-te que esta noite beberei o meu vinho do teu crâneo.
O demónio desembainha a sua espada e desfere um golpe na barreira criando uma pequena brecha.
- Desmontem, seus montes de esterco, e façam o vosso trabalho, o primeiro que me trouxer a cabeça daquele será largamente recompensado.

3 comentários:

Anónimo disse...

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Anónimo disse...

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